A importância do estudo dos grafismos patológicos e das modificações involuntárias na escrita para o perito criminal: o caso da doença de Alzheimer
Keywords:
Escrita, perícia grafoscópica, capacitação, grafopatologia, doença de AlzheimerAbstract
Peritos em grafoscopia frequentemente são questionados quanto à autenticidade de uma assinatura ou escrita em contratos, cheques, testamentos, procurações e outros documentos. Com o envelhecimento da população, casos relativos a grafismos de pessoas idosas estão cada vez mais comuns. Além das modificações decorrentes da idade, diversos fatores involuntários podem afetar os grafismos, como alterações por causas patológicas. Nestes casos, a variação da escrita do indivíduo pode se tornar um obstáculo na realização dos confrontos gráficos, principalmente em situações em que ocorra rápida involução no estado físico ou mental de pacientes acometidos por doenças como Alzheimer. Considerando a progressão das doenças e a possível interferência de medicamentos na escrita, dispor de padrões contemporâneos para confronto é fundamental para evitar falhas graves na conclusão do laudo pericial. Visando um melhor conhecimento do assunto, o objetivo deste trabalho foi revisar a literatura disponível acerca das alterações involuntárias observadas na escrita manual, visto que não há uma capacitação específica dentro das instituições de segurança pública relacionadas a perícia, e, assim, auxiliar na investigação criminal.