Reflexões sobre políticas públicas de segurança, sensibilidades e representações em espaços de participação social

Autores/as

  • Karina de Paula Universidade Federal Fluminense, Niterói, RJ, Brasil Autor/a
  • Michelle Babo Universidade Federal Fluminense, Niterói, RJ, Brasil Autor/a

Palabras clave:

Conselho Comunitário de Segurança, Segurança Pública, Baixada Fluminense, Armamento, Polícia

Resumen

Este trabalho parte das discussões abordadas pelas autoras durante as pesquisas de mestrado de Babo (2021) e monografia de Paula (2019), com observações de campo sendo realizadas em lugares e tempos distintos. A afinidade apresentada no texto partiu de conversas com pesquisadores durante as reuniões do Grupo de Estudos e Pesquisas em Antropologia do Direito e das Moralidades (GEPADIM) e do Laboratório de Estudos sobre Conflito, Cidadania e Segurança Pública (LAESP), coordenados pela Profª. Drª. Lucía Eilbaum e pelo Prof. Dr. Lenin dos Santos Pires, respectivamente. Além de tais experiências, somou-se reflexões suscitadas pelo projeto O que pensam os policiais militares sobre reconfigurações territoriais, práticas ilegais e a segurança pública no RJ. As metodologias utilizadas foram as observações direta e participante (Malinowski, 1978; Becker, 1993) em reuniões dos Conselhos Comunitários de Segurança de municípios do Rio de Janeiro, constituindo uma estratégia metodológica que visa conhecer os atores presentes na execução de políticas públicas de segurança pública e ordenamento urbano. O objetivo principal fundamenta-se em compreender as relações e percepções estabelecidas entre as organizações de segurança e ordenamento público com a população em espaços de participação social. A partir da análise dos rituais e dos discursos, foi possível observar as sensibilidades que orientam as noções sobre o fazer segurança para esses atores. Nesse sentido, torna-se evidente que os agentes policiais possuem centralidade no discurso e na definição daquilo que é considerado Ordem Pública, bem como a legitimidade para atuar como Polícia (instituição militarizada e armada). Ficou evidente que a solução dos problemas, na maioria das vezes, consistia na defesa do aumento do policiamento – o pedido por polícia – e, em nenhum momento, foram mencionadas pessoas portando armas.

Biografía del autor/a

  • Karina de Paula, Universidade Federal Fluminense, Niterói, RJ, Brasil

    Doutoranda e Mestre em Antropologia pelo Programa de Pós-graduação em Antropologia da Universidade Federal Fluminense (UFF). Bacharel em Segurança Pública e Social pela Universidade Federal Fluminense (UFF). Pesquisadora vinculada ao Laboratório de Estudos sobre Conflitos, Cidadania e Segurança Pública (LAESP) e ao Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia - Instituto de Estudos Comparados em Administração de Conflitos (INCT-InEAC).

  • Michelle Babo, Universidade Federal Fluminense, Niterói, RJ, Brasil

    Doutoranda em Sociologia e Direito pelo Programa de Pós-graduação em Sociologia e Direito da Universidade Federal Fluminense (PPGSD/UFF). Mestre em Justiça e Segurança pelo Programa de Pós-graduação em Justiça e Segurança da Universidade Federal Fluminense (PPGJS/UFF). Bacharel em Direito pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ). Pesquisadora vinculada ao Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia - Instituto de Estudos Comparados em Administração de Conflitos (INCT-InEAC) e ao Núcleo de Pesquisa em Psicoativos e Cultura (PsicoCult).

Publicado

2024-12-01

Número

Sección

Artigos